quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Modo Test-Ride BMW XR1000

Quanto toca a viaturas de duas rodas chego à conclusão que não sou esquisita! Conduzo uma qualquer e encontro sempre uma boa razão para o fazer! Costumo dizer que elas só andam o que nós queremos e normalmente só fazem o que nós queremos! Mas existem umas que nos baralham os sistemas todos de segurança, defesa e lógica.
Essas pertencem à gama das “MeanMachines”. São as beras, as rebeldes, aquelas que ninguém quer ter paradas numa garagem.
Ficamos meio abananados com as “capacidades” dessas montadas e simplesmente deixamos de pensar. Tanto cavalo e desempenho junto fazem de nós “os melhores condutores do mundo” e chegamos aquelas curvas “ai! Que já ia mais devagar” com esperança que a curva feche só mais um bocado, só para ver se ela se deita mais aqueles 2 ou 3 graus... É de perder totalmente a noção daquilo que é bom para a nossa saúde!
A XR1000 foi a 1ª BMW que falou a sério comigo.


Sim, porque eu acho e sempre acharei que existem aquelas que falam mesmo connosco e nós sonhadores como somos, deixamo-nos levar pelos sonhos quando eles falam connosco!
Solicitei ao Pedro Hogan da ‪#‎BMWBaviera‬ na Expo, um test-ride, mas daqueles à séria! E toma lá que foi um fim de semana inteiro de pura diversão. Para alguém como eu que até hoje só lidou som sistemas puristas, achei simplesmente fantástico ter tanto equipamento à minha disposição, cruise control, controlo de tracção dinâmico, 3 modos de condução, o quick shift.
O único senão era mesmo a altura do banco ao chão, sinceramente tornou-se um desafio que não me ia fazer desistir de a conduzir, mas no entanto torna-se complicado parar, sem pensar 2 vezes, aqui no território lisboeta que são só altos e baixos... Mas sem querer fazer disso um “problema”, se pensei melhor o fiz, vamos lá a isto que elas a andar são todas iguais! E foi nesse sentido que ao chegar a certos locais e mantê-la em equilíbrio para não ter que pôr o pé no chão, me vi com um motociclo muito equilibrado e fácil de manobrar.
Ah e tal olha que isso é muito cavalo... agarra-te bem...
Ok! Vou arrancar no modo rain... Parecia que estava com algumas dificuldades em arrancar, mas de facto à chuva o resultado deve ser fantástico! E deve resultar na perfeição, mas em piso seco torna-se mesmo complicado... como senão percebesse nada daquilo. Enfim desisti lá troquei pelo road e aí comecei a sentir o bicho que tinha nas mãos.
O guiador providencia uma condução magnifica de nos fazer rolar em passeio ou rapidamente sem quaisquer ajustamentos, os poisa-pés subidos oferecem uma posição de condução muito divertida e nada cansativa. O banco ao fim de +/-300kms deixou as suas marcas mas nada que se revele mais do que aborrecido. Desses quilómetros alguns foram em estradas secundárias com belas curvas e contra-curvas, que em nada se demonstraram um problema para a XR e em auto-estrada podemos considera-la um cepo a velocidades menos correctas, mesmo com ventos e rajadas que me obrigavam a reconsiderar a velocidade, ela facilmente se acondicionava à estrada e lá ia eu toda contente.
Conduzir com a assistência à passagem de caixa é brincadeira, no mínimo das coisas mais divertidas que já experimentei, mas primeiro tive de aprender, ou seja, curtir as rotações e mudar de mudança naquela altura em que ela está a gritar por mais sem ter que comprometer a velocidade... Foi também, algures por aqui, que me apercebi de uma luzinha a piscar à minha frente tipo flash... Sim esse flash informa-nos que atingimos o redline e devíamos mudar de velocidade... Sério?! Ia tendo um ataque cardíaco ali na hora, principalmente porque chegamos à sexta e pode-se dizer que podia ter mais duas para meter que não faria diferença, parece ter motor que nunca mais acaba!
É claro que por esta altura eu já andava a rolar com o topo dos mapas e a usar e abusar dos cavalos dela e de toda a brincadeira que ela disponibiliza, até a música muda! A que testei não tinha escape de rendimento, mas já cantava em condições!
E o mais agradável disto tudo é que trava tão bem como anda mas quando me pedem para dizer alguma coisa sobre o controlo de tracção, a única coisa que na realidade me vem à cabeça é que não faço ideia do que ela fez por mim... Acho que me perdia a caminho do trabalho se fosse nela todos os dias...
Da estética só posso dizer que gosto dela em alguns ângulos mais do que outros, mas na realidade não mudava nada e das cores disponibilizadas pela marca a vermelha é a mais “arrogante”.
Mas se quiserem um verdadeiro conselho e se acham que são umas pessoas calmas e que gostam de rolar calmamente, não vão experimentar, podem descobrir um Hulk dentro de vocês.
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